REFLEXÃO | O JEITINHO BRASILEIRO

Quem é você, malandro ou mané? Por que, de acordo com a cultura popular, ou você é Homer Simpson ou você é um Ned Flanders

Sim, o folclore popular define “malandro” como aquele que não devolve o troco, fura filas, quebra regras, cola na prova, anda pelo acostamento e sempre quer se sair melhor do que os outros. Já o “mané” se apresenta como o bom cidadão que cumpre suas tarefas, paga seus impostos em dia e mantém sua boa conduta moral diante de todos. Triste é constatar que, apesar de existirem malandros em todo planeta, para nós a conduta do trapaceiro ficou conhecida como o "jeitinho brasileiro", que se tornou popular através das nossas comédias de costumes, onde o retrato do “malandro” é pintado como um figuraça carismático e agradável bem parecido com o Agostinho Carrara de "A Grande Família" ; já o “mané” sempre é visto como uma espécie de Lineu Silva: um sujeito chato, antipático e "estraga prazeres".

Homer Simpson e Ned Flanders
Se analisarmos a base sob a qual nossa sociedade se ergueu, descobriremos que essa mentalidade é fruto de uma cultura passada de geração a geração. Segundo o Antropólogo Roberto DaMatta  “o nosso “jeitinho brasileiro” tem influencias do Brasil Imperial, onde havia um código de leis para os nobres, para o clero e outro para o povo. Nessa época, um mesmo crime era julgado de modo diverso, caso fosse cometido por um nobre, por um padre ou por um ferreiro.” E crescendo em um ambiente de tantas injustiças, fica fácil entender por que a falta de confiança no próximo se tornou quase que a regra em nossa nação.

Diante deste quadro escatológico, o perdão concedido a todos pela graça de Cristo é a única fonte de refúgio. Ele nos trás a chance de recomeçar pela fé uma vida sem o jugo das maldições dos nossos antepassados. E ainda que, segundo o pai da psicanálise Sigmund Freud (1856 – 1939), sejamos “o somatório do que pensamos, do que lembramos, do que buscamos esquecer, das palavras que trocamos, dos enganos que cometemos e dos impulsos a que cedemos”, através da cruz podemos passar por uma mudança de mentalidade a qual chamamos de arrependimento, deixando de lado o “jeitinho brasileiro” para viver do jeitinho que Cristo determinou.
                             
Uma vez passado pelo processo da “metanóia de Deus” podemos ser transformados por Ele em “agentes de mudança social”. Mas lembre-se sempre: antes de sair por aí querendo mudar o mundo, primeiro se preocupe em mudar a si mesmo.

“...mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade” (Pv 16.32)

E por falar em cidade, no próximo texto continuaremos este assunto, enfatizando a ótica daqueles que trabalham pela "Conquista das cidades".

Grande Abraço!

Glauber Morada
Líder do Ministério Tribo Coral


Fontes:Bíblia On line
DAMATTA, R. 1984 . O que faz o brasil, Brasil ?. , Rio de Janeiro : Editora Salamandra.
pensador.uol.com.br. Frases de Sigmund Freud

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