CURIOSIDADES| TEMAS MUSICAIS CONTRADITÓRIOS


Músicas clássicas aparecem em muitos filmes, sendo muitas vezes “popularizadas” pela cultura de massa. Ao escutar, elas grudam na sua cabeça, mas certamente você tem ideias totalmente equivocadas a respeito de seus significados.





 1. "Lá vem a noiva" (Bridal Chorus - “Marcha Nupcial”) – R. Wagner


Já foi tocada de todas as maneiras, desde órgãos a orquestras completas conforme a noiva caminha até o altar. Quando você ouve tal melodia, já sabe que a noiva está para aparecer, provavelmente toda vestida de branco.

O contexto original: Tentativa de estupro seguido de um assassinato!!! A música vem da ópera “Lohengrin”, na qual o “Bridal Chorus” é na verdade cantado para a heroína Elsa e seu novo marido, Lohengrin, por suas damas de honra após o casamento, não antes! As pessoas trocam as coisas, fazer o quê. Ah, e depois dessa canção, Lohengrin tenta possuir Elsa, que foge, ao vê-lo matar um homem. Clique no vídeo e veja a cena da música avançando para  2h 39 min. Acompanhe o desfecho trágico.

Peraí: Lohengrin não é uma ópera alegre, como você provavelmente adivinhou. O casamento dura duas canções, e depois segue-se uma série de tragédias, que culminam em suicídios e  na morte de todos os protagonistas. Assim, a música de órgão que se ouve em todos os casamentos hoje em dia é menos festiva e mais sinistra.


 2. “Hallelujah Chorus” (da obra Messias) – Handel


Assim como a “Marcha Nupcial”, as associações com “Hallelujah Chorus” são uma espécie de lenda da cultura pop. Essa música épica e alegre, que soa como um grito de pessoas felizes cantando “Aleluia”, é muito usada em filmes religiosos, ou tocada em qualquer filme quando algo bom acontece. Você mesmo já deve ter cantarolado essa canção para si depois de alguma vitória.

O contexto original: Extermínio da Babilônia!! O “Hallelujah Chorus”, especificamente, é a trilha sonora para a segunda vinda de Cristo. É a queda da Babilônia de Apocalipse 18, onde Ele comanda um total extermínio em cima de uma nuvem negra monstruosa enquanto tudo abaixo se colapsa.

Hallelujah Chorus - Handel
Peraí: Existe um cronograma muito explícito em Messias. Cada peça de música é uma parte da vida de Cristo, do início ao fim até depois do fim. O “Hallelujah Chorus” obteve sua letra a partir do Livro das Revelações (Apocalipse). Todos estão gritando, enquanto Jesus julga os seguidores do anticristo. Dizem que quando Handel terminou “Hallelujah Chorus”, foi encontrado chorando. Seu assistente perguntou o que havia acontecido, e Handel respondeu: “Eu pensei ter visto o rosto de Deus”.

 3. “O Fortuna” (da obra Carmina Burana) – Carl Orff


Procurando uma música apavorante? Desesperado para encontrar uma música que ilustrará super bem sua matéria sobre o fim do mundo? “O Fortuna” é o que você está procurando. Incontáveis filmes, comerciais e qualquer coisa com drama já usaram essa clássica canção.

O contexto original: Celebração do equilíbrio da vida!! Enquanto a música foi escrita no século 20, todas as letras de Carmina Burana são retiradas de mais de 200 poemas medievais que são sobre: amor não correspondido, jogos, assim como o governo e o homem.

O Fortuna” – Carl Orff
Peraí: O super dramático “O Fortuna” é uma canção totalmente revoltada que veio de um poema  escrito por algum estudante medieval. As letras são sobre apostas, jogos de azar, ter má sorte (e perder sua camisa nas apostas). É uma parábola da vida humana exposta a constante mudança. O arranjo é de um compositor alemão muito estranho, que queria celebrar o triunfo do espírito humano através do completo equilíbrio.

 4. “The Year 1812” – Pyotr Ilyich Tchaikovsky


Esta é uma música gloriosa que toca o tempo todo nos EUA (toca todo 4 de julho, feriado da independência), e aparece em filmes sempre que algo importante, ou excitante, ou explosivo, está acontecendo. Foi escrita por um russo, mas parece ser sobre a América. Talvez seja sobre a guerra de 1812 contra os ingleses, ou alguma outra batalha americana. É arrogante, triunfante, agressiva, e todo norte-americano pensa que ela diz “nós somos bons”.

O contexto original: batalha entre a Rússia e a França!!


Tchaikovsky- The Year
Peraí: Havia mais de uma guerra acontecendo em 1812, e a batalha dos EUA com a Grã-Bretanha não era a mais importante. O “grand finale” da música (a parte mais conhecida) contrapõe tiros de canhão explosivos com o som de “La Marseillaise”, o hino nacional francês, para representar os defensores russos esmagando o exército de Napoleão na batalha de Borodino. E porque cargas d’água os EUA tocam essa parada enquanto estouram seus fogos de artifício?


 5.“Pompa e Circunstância” (“Marchas Militares”) – Sir Edward Elgar


Qualquer um que já tenha se graduado em algo, ou comparecido a qualquer formatura militar, deve ter ouvido essa música. Também é comum em filmes e até em casamentos (vide vídeo).

O contexto original: morte de jovens na guerra!!

Pompa e Circunstância” – Sir Edward Elgar
Peraí: A música fala sobre marchar ao som de uma música que atrai os homens à morte, além de orgulho, nação, e outros temas. Ou seja, é sobre ansiosamente morrer em batalha. Mas não com significado positivo, do tipo “morrer em batalha é glorioso”. A música é uma forma de Elgar dizer: “Eu não acho que devemos marchar todos os nossos jovens para morrer na batalha”, o que os britânicos confundiram completamente, tocando-a para animar seus exércitos por anos. Pelo menos eles entenderam a parte da batalha corretamente, já que os americanos tocam a música em formaturas.


 6. “A cavalgada das Valquírias” – Richard Wagner


Esta é provavelmente a música dramática mais famosa do mundo. Foi utilizada no filme “Apocalypse Now” como música de fundo para um ataque de helicóptero. Já tocou em inúmeros outros lugares, principalmente em desenhos animados, e geralmente retrata pessoas indo para uma batalha.

O contexto original: Tocada em uma ópera sobre mulheres com lanças (exato!), você deve imaginar que “A cavalgada das Valquírias” (como a passagem musical é conhecida em português) é ouvida enquanto as bravas jovens batalham. Não!!! Está mais para tocada quando as luzes estão apagadas, a cortina está fechada e nada está acontecendo. Sim, a canção é tocada como abertura da obra.

Peraí: Uma das músicas mais legais tocadas em brigas e batalhas foi na verdade feita para ser ouvida enquanto o público está sentado educadamente olhando para uma cortina. Foi uma tentativa do compositor de empolgar a audiência, mas não para uma batalha, para um show. Quando a cortina sobe e as mulheres finalmente aparecem, o resto da música é usado como som de fundo enquanto as Valquírias se cumprimentam antes de um dia de trabalho. Sem brigas, sem fúria.

Adaptado de:
Pátio Gospel Noticias
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